sábado, 4 de julho de 2009


O desapego é um dos mais importantes ensinamentos budistas. Na verdade, a vida de iluminação é o caminho do desapego. Muitos dos problemas da vida são causados pelo apego. Ficamos com raiva, preocupados, tornamo-nos ávidos, fazemos queixas infundadas e temos todos os tipos de complexos. Todas estas causas de infelicidade, tensão, teimosia e tristeza são devidas ao apego. Se você tem algum problema ou preocupação, examine a si mesmo e descobrirá que a causa é o apego.Desapego não é desinteresse, indiferença ou fuga. Não devemos nos tornar indiferentes aos problemas da vida. Não devemos fugir da vida; não se pode fugir dela quando somos sinceros. A vida e seus problemas devem ser encarados e lidados de frente, mas não são coisas às quais devamos nos apegar. É verdade que o dinheiro tem sua importância, mas a pessoa que se apega a ele torna-se avarenta e escrava do dinheiro. É muito fácil nos apegarmos à nossa beleza, às nossas aptidões ou às nossas posses, e assim nos sentirmos superiores aos outros. É igualmente fácil nos apegarmos à nossa feiúra, à nossa falta de aptidões ou à nossa pobreza, e assim nos sentirmos inferiores aos outros. O apego às condições favoráveis leva à avidez e ao falso otimismo, enquanto que o apego às condições desfavoráveis leva ao ressentimento e ao pessimismo. Sem dúvida, nosso apego às coisas, condições, sentimentos e idéias é muito mais problemático do que imaginamos.Quando adoecemos, chegamos até mesmo a nos apegar à doença. É melhor não fazermos isso. Todas as doenças serão curadas, exceto uma, que é a morte. A vida é mutável; todas as coisas são mutáveis; todas as condições são mutáveis. Por isso, “deixe ir” as coisas. Todos os abusos, a raiva, a censura – deixe que venham e que se vão. Tudo o que fazemos, devemos fazer com sinceridade, com honestidade e com todas as nossas forças; e uma vez feito, feito está. Não nos apeguemos a ele. Muitas pessoas se apegam ao passado ou ao futuro, negligenciando o importante presente. Devemos viver o melhor “agora”, com plena responsabilidade.Quando o sol brilha, desfrute-o; quando a chuva cai, desfrute-a Todas as coisas nesta vida – deixe que venham e deixe que se vão. Este é um segredo da vida que nos impede de ficar aborrecidos ou neuróticos. Buda disse que todas as coisas na vida e no mundo estão em constante mutação; por isso, não se torne apegado a elas.

Eu sou menos mau do que falam. Menos legal do que parece. A cor da pele é falsa e o nariz é feinho. Tenho pouco cabelo e não uso chapinha. Eu falo demais. Ainda não cansei de ser eu. Mesmo não querendo não culpar, eu ainda vou desculpar você. No que precisar eu vou ajudar. Seja para construir os mais belos castelos, seja para destruir corações. Nesse último caso o coração é sempre o mesmo, o meu. Eu me permito, eu me reinvento, eu minto, eu ressuscito quando não se espera. Ou simplesmente não desejam. Eu digo quantos eu te amo eu quiser. Eu mordo a língua até cair. Minha cara de pau já é de aço. Falo mal de você, de mim e dos anos que nós dois passaremos juntos. Faço piada da desgraça. Tenho as lágrimas gordas e pouco saco. Sou capricôrnio. Sou leão. Sou aquário. Mas não sou virgem. Quero dinheiro, comer tudo que vejo e um dia me adaptar realmente ao mundo.Mudei mas não cresci. Não estou nem aí para o sistema, mas volto para casa quando me convém. Sou clichê. Sou impulso. Sou avesso, contradição, carnal, sou dúvida.Eu manipulo se der. Dou boas vindas as conseqüências e reafirmo, não sei viver de médias expectativas.Sou um, dois, três personagens por dia. Sou malandro, aprendi a jogar sujo sem me importar. Mas apaixonado eu sou o que quiseres. Monofásico. Insaciável. Vidro. Sou todos os pronomes possessivos. Artigo indefinido. O perfume mais enjoado, o meu pior inimigo e, mesmo assim, ainda o filme mais assistido. Eu sou tudo aquilo que eu quero ser quando crescer.