sábado, 4 de abril de 2009

Vários


Sou assim Dois de mim Às vezes três Quatro... cinco... seis Sou um por mês Me diversifico Tem horas que grito Vivo num conflito Mostro ao mundo minha dor Outras horas, só sei falar de amor O mais romântico Melodramático Estático Choroso e nervoso Carente e decadente Vingativo e inconseqüente Aí quando menos me percebo Me transformo em um homem cheio de medo Cheio de reservas Coberto de sutilezas Sério e sem defesa No minuto seguinte No papel de macho fatal Viro logo o tal Aí sou dono do mundoSeguro e destemido Altivo e atrevido Rasgo meus segredos ao meio E exponho num roteiro De poesia ou texto Agrido, inflamo Conto o que ninguém tem coragem de contar Explico detalhes que é bom nem lembrar Sou assim Vários de mim Sorriso por fora Angústia toda hora Por dentro um tormento No rosto nenhum sofrimento No corpo uma explosão de prazer Nos olhos, meu desejo deixo perceber Melhor nem me conhecer Fique com minhas letras Com as minhas palavras Na vida real sou bem mais complicado Sou mil E quem tentou, descobriu Que viver ao meu lado É viver dentro de um campo minado Prestes a explodir Mas quem esteve nele Nunca quis fugir

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