sábado, 22 de agosto de 2009

..As vezes é necessário um tempo a si mesmo...


Recomeçar...
Não importa onde você parou...
Em que momento da vida você cansou...
O que importa é que sempre é possível e necessário recomeçar¨
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo.
É renovar as esperanças na vida e o mais importante...
Acreditar em você de novo...
Sofreu muito neste período: Foi aprendizado...
Chorou muito: Foi limpeza de alma...
Ficou com raiva das pessoas: Foi para perdoá-la um dia...
Sentiu-se só por diversas vezes: É porque fechaste a porta até para os anjos...
Acreditou em tudo que estava perdido: Era o início de tua melhora...
Onde você quer chegar...Ir alto...Sonhe alto...Queira o melhor do melhor...Se pensamos pequeno, Coisas pequenas teremos...Mas se desejamos fortemente o melhor... E, principalmente, lutarmos pelo melhor...O melhor vai se instalar em nossa vida.
Porque sou do tamanho daquilo que vejo.
E não do tamanho da minha altura.
(Carlos Drummond de Andrade)
P.s.sempre é necessário recomeçar...seja de qual ponto for, o importante é nunca deixar de sonhar, de viver, de ser feliz...

domingo, 16 de agosto de 2009


Ele prestou atenção no vento que fazia aquele barulho característico, misterioso e meio abafado. Aquele barulho sempre o fascinava, principalmente se ocorresse no início da madrugada, porque os carros já não passavam na rua, porque já não haviam tantos olhos alertas, porque a maioria das vidas estava reclusa em seus aposentos e assim era mais fácil de ouvir. O som era mais claro e puro daquele jeito. Ouviu mais adiante: os sinos na janela de algum vizinho retiniam, dando um toque alegre ao som do vento. Percebeu a ameaça de chuva entrando pela fresta de janela aberta em forma de frio úmido e ouviu o barulho suave das cortinas pré históricas balançando. Ouviu mais meia dúzia de coisas e esperou, mas de algum modo sabia que ela não viria. Talvez porque ultimamente ele andasse tão incerto e tão fora de si, desconectado de sua própria cabeça para ficar afastado daquele sentimento de não saber em que caminho andar. Talvez também porque por tantas noites cálidas ela tivesse tentado uma aproximação e ele, fechado e resignado consigo mesmo, não tenha feito questão de notar sua presença, outrora tão desejada e bem vinda. Ou ainda porque em certas noites seu estado catatônico tenha toldado não somente teus olhos, mas também seus sentidos e ele mesmo tentando senti-la, falhara miseravelmente. Agora com a chuva caindo e esfriando lentamente as paredes do quarto, ele queria que ela aparecesse, buscando algum vestígio dela nos lençóis, ou em algum cantinho escuro, como se ela fosse dessas que deixam algum rastro. Varreu tudo com os olhos, mesmo sabendo que ela não estava lá e nem tampouco apareceria. A paz naquele instante, naqueles dias, andava visitando outra pessoa e ele esperava sinceramente que essa pessoa a aproveitasse muito bem e desejou poder encontrar seu caminho tão logo, para que assim ele pudesse ir de encontro com a sua paz de espírito novamente.

domingo, 9 de agosto de 2009


Todos estão achando estranho o fato de eu não comemorar o meu aniversário do jeito usual. Quero passar sozinho e no máximo com uma garrafa de uísque. Falam de aniversários como se realmente fossem grandes coisas, ainda mais o meu. É apenas o dia em que me jogaram nesse mundo de malucos e eu acabei por me tornar mais um. Cada vez me sinto mais perdido e isso é urgente. Urgentíssimo. Se eu terminar de me perder como vou me achar? Como vão me achar? Como seria esse caminho? Eu definitivamente não sei. Acho que realmente parei no tempo. Ou desisti de tentar continuar essa existência estranha. Nada mais faz sentido, nada. Por enquanto vou seguindo, vendo o que vai dar... E é isso que me preocupa. O destino sempre acaba me pregando peças. Mas isso passa, não é? Ouço o celular tocar no outro quarto. Deve ser algum amigo, conhecido, parente, desesperado ou coisa qualquer querendo adiantar os parabéns. Afinal, faltam apenas mais alguns minutos... Pff, parabéns por quê? Expliquem-me. A cada ano vou ficando mais louco e o pior. Pioro, decepciono, aprendo, viro pedra em vez de gente. Não sei mais chorar. Merda. Todas essas palavras deprimentes, tudo o que ninguém quer ler, muito menos ouvir. Sim é o meu aniversário e por favor, não me dêem os parabéns. Parabéns, meus caros, sinceramente é o caralho. Deixem-me com a garrafa de uísque. E só.

Mais que isso. Eu não preciso seguir padrões para acertar nem errar. E é errante que eu vou seguindo, com sucesso e cautela, com meus passos guiados, minha consciência limpa e o melhor de tudo com o caráter intacto. Muitos gênios se acabaram por aí numa vida mundana, porém muitos foram além de sua reputação e provaram ser mais. Melhor assumir-se um ser complexo e cheio de defeitos do que posar de santinho, de falso amigo. Enche os olhos, mas falta conteúdo. Fiquem aí com as suas especulações. Porém, nunca disse que fui santo, quanto mais gênio.
Mas a vida, por incrível que pareça, é tão grande e ainda há tanta coisa que pode e deve acontecer e tanto amor pra eu receber há tanta história pra fazer, história pra contar que eu nem deveria sentir tanta aflição por não ter o que eu quero agora.A vida é tão bonita, e o céu, tão azul e tem ainda tanto azul que eu possa ter na minha vida que por que eu deveria me preocupar?Já que eu ouço tanto que tudo tem sua hora marcada e eu deveria acreditar...


domingo, 2 de agosto de 2009


Chega uma hora da sua vida em que você cansa de errar. Cansa de escolher o caminho errado sempre, a pessoa errada sempre, mesmo que a sua inclinação para esses erros continue a mesma.Chega uma hora em que você cansa de sentir dor, porque a dor que você sentiu ao longo da sua vida até aqui parece que é o suficiente para preencher não só a sua vida, como a de todos os outros que te cercam e isso te basta imensamente. Você quer se ver livre dessas crises que você tem e quer isso logo, quer poder colocar óculos escuros e ver o verde brilhante das árvores no meio da cidade debaixo do sol, e pensa no quanto isso vai ser incrível, ao mesmo tempo em que volta a sentir todos os hematomas da tua alma reclamando mais uma vez. E você pensa no fato de não sentir mais nada por ninguém e se interessa por isso, porque dessa forma as dores seriam reduzidas consideravelmente. Essas dores infernais são feitas basicamente de sentir errado, de acreditar fiel e insistentemente em uma coisa que não vai funcionar, que não tem um pingo de futuro e mesmo assim toca uma música tão atraente e sedutora que você não consegue parar de dar ouvidos.E daí você também começa a desenvolver um tipo de raiva pelos que te cercam e pelos que te querem bem, porque eles, apesar de quererem te ver feliz, não entendem absolutamente nada do que você sente e querem a todo custo te convencer que as coisas que você quer te causam sofrimento, sem nem mesmo perguntar se você quer esse sofrimento. Porque isso acontece. As vezes o que você mais deseja é agarrar tudo o que você quer tão forte e tão possessivamente que você nem pensa nos machucados e no sofrimento que isso vai te causar. Apenas quer e pronto, ninguém tem que ter nada a ver com isso, mesmo que o que você esteja agarrando seja um cacto ou um conjunto de facas afiadas.Chega a hora que você cansa de andar errado, de pisar torto e de apertar lâminas nas mãos, chega o momento em que você deseja mudança desesperadamente e clama por ela, e grita e se debate contra qualquer coisa que for oposta a isso.Você deseja tanto por ver as coisas mudando e seguindo o fluxo do qual nunca deveriam ter fugido que se dispõe até a esconder todas as coisas podres que foi criando e acumulando dentro de si e pisa forte no chão, apertando os dentes com a mesma força que vai demonstrar ao mundo e a você mesmo a partir daquele momento. E é isso que você faz, é isso que você segue, é assim que vai ser daqui por diante.

Coração Incomum


Não havia aquele frio na barriga tão típico da situação, como a sensação de susto ao pular o último degrau da escada sem querer, muito menos havia borboletas que esvoaçavam pelo seu estômago. Ela não gaguejava ao vê-lo e nem perdia a respiração. Ela não via nada de mau nisso. Ela sempre achou que era diferente – pelo menos um pouco – das garotas ao redor: todas sempre sonhavam com o príncipe encantado em seu alazão reluzente, que lhes chegava com um enorme buquê de rosas vermelhas numa das mãos (chocolate não, porque engorda), e uma aliança de compromisso em outra. Para ela, ele podia vir como fosse, não lhe importava tanto assim: podia ser um esbarrão na rua, ou uma informação ali na esquina, ele poderia lhe oferecer um doce qualquer e ela lhe sorriria como criança e aceitaria sem pensar duas vezes e a aliança poderia muito bem lhe passar batido, pois o que lhe importava mesmo (e sempre havia sido assim com ela) era o compromisso que ele teria com ela de fato e não apenas um adorno que tão comumente é usado só para fazer barulho, para causar impressões. Ele poderia insistir que era para ela lembrar-se dele, mas ela lhe replicaria com suavidade (e as vezes até com impaciência) que todos os dias ela acordava e se lembrava dele e que não precisava de nenhuma fita amarrada no dedo para que se lembrasse. Ela era considerada bem da esquisita, sabia. Sabia que ele também tinha essa opinião, mas estava pouco preocupada, pois sabia que ele iria gostar até mesmo das manias mais absurdas, e até poderia vir a admirá-las. E ignoraria com afinco os olhares do resto do mundo que estranharia aquela garota que namorava um amigo, porque não lhe importava: ela sabia desde muito tempo atrás que nada com ela seria comum. Tanto mais seu amor.

sábado, 1 de agosto de 2009


" Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos. Tudo perda de tempo!Viver tem que ser pertubador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia"